Barueri projeta construir um mini-anel viário

Se o Rodoanel Mário Covas foi uma saída para desafogar o trânsito de São Paulo e região metropolitana, por que não projetar algo semelhante para Barueri? Pois é justamente isso que a prefeitura vem fazendo, por intermédio da Secretaria de Planejamento e Controle Urbanístico.

O secretário Nilton de Souza diz que o projeto começou a ser idealizado no ano passado, após reuniões com o promotor público Marcos Mendes Lyra. “Ele queria saber porque o trânsito estava complicado e queria a apresentação de alternativas, investimentos”, conta Nilton.

A prefeitura já havia dado início ao estudo e também vinha colocando em prática a construção do mini-anel. “Um trecho dele se dá com a conclusão da marginal do rio, que sai da Chácara Marco e chega a Aldeinha, sai do Parque do Tamboré e vai até a Lagoa do Bacuri.

Chega ao Imperial, passando pelo Residencial 1, onde seria desviado para interligar com a Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues. Próximo a Unip, ele novamente faz a interligação com a marginal do rio”, enumera os trechos o secretário.
No entroncamento entre a Yojiro Takaoka e a Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, no trecho pertencente a Santana de Parnaíba, o projeto prevê a construção de um túnel ou viaduto, para que não haja conflito de tráfego.

“Por exemplo, se o motorista está na Chácara Marco e segue para Osasco, ele poderia utilizar a marginal do rio [que integrará o anel viário], sem utilizar a rodovia Castello Branco ou impactar no trânsito interno da cidade”, diz.
A ideia é que esse mini-anel viário corra paralelo ao Rodoanel Mário Covas, para que tenha interligação com o mesmo. Em alguns pontos, onde há grande fluxo de pessoas e empresas, a intenção é construir bolsões de estacionamentos.





Embora o projeto seja complexo e ultrapasse os limites do município, isso não desanima o secretário. Como há essa disposição para a discussão regional para os problemas do trânsito e a intenção em se fazer um Plano Diretor para os projetos, de acordo com a proposta do Ministério Público, eles não correm o risco de cair no esquecimento ou serem abandonados, já que as outras administrações terão o compromisso de concluir os projetos que forem apresentados agora.

“A região oeste cresceu com um todo. Encontra Barueri, Santana de Parnaíba e Osasco são os destaques, mas nós [Barueri] ficamos com os principais problemas. Hoje temos dez ligações que trazem o trânsito para Alphaville, Tamboré e região central.

Além dos acessos atuais e da transformação da alameda Tamboré, teremos nos próximos meses um novo acesso, a partir da extensão da avenida Tucunaré”, diz, lembrando que o mini-anel viário dará outras opções aos motoristas, porque criará várias saídas e tirará o tráfego pesado das alamedas Rio Negro, Araguaia e Piracema.

“Tudo deve acontecer no entorno, porque estaremos organizando o fluxo, dividindo o trânsito”, explica o secretário.

Esse projeto não é o único que está sendo idealizado pela prefeitura. O mini-anel viário é o mais ousado de todos, mas há também o projeto que prevê uma linha de trem, que atenda a região.

Metrô rejeitado
A CPTM  apresentou um estudo, que prevê a implantação de VLT (Veículos Leves sobre Trilhos). O projeto foi rejeitado pela prefeitura, porque os trens circulam em linhas aéreas, semelhantes ao Minhocão, demandam a construção de pilares gigantescos, passando pelas principais alamedas dos bairros.

“Paralelo ao mini-anel poderíamos construir a linha férrea, partindo de Carapicuíba e passando por toda a cidade”, explica Nilton. Nas estações haveriam circulares para atender a demanda.

O novo projeto de VLT ainda não foi apresentado à CPTM ou ao Ministério Público. Isso deve ocorrer no próximo dia 30.

Fonte: Folha de Alphaville





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